São Paulo – O Centro Financeiro Internacional de Dubai (DIFC), zona franca do setor financeiro de Dubai, apresentou Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 2,92 bilhões em 2010, aumento de 5,2% na comparação com os US$ 2,77 bilhões de 2009. A DIFC respondeu por 3,6% do PIB do emirado (US$ 81,96 bilhões em 2010). Este montante respondeu também por 0,97% do PIB dos Emirados, segundo o Relatório de Atividade Econômica do DIFC.
A meta da DIFC é servir de polo financeiro e empresarial para ligar os países emergentes da região com os mercados desenvolvidos da Europa, Ásia e Américas. O relatório de atividade econômica incluiu também um estudo sobre o emprego no polo.
O estudo tem como base as melhores práticas internacionais na contabilidade e mede produção, consumo e valor bruto agregado à produção do DIFC pelas empresas que operam nele. O questionário foi respondido por 477 empresas, o que corresponde a 62% das organizações operando no DIFC.
Para o CEO da DIFC, Abdulla Mohammed Al Awar, o relatório demonstra o importante papel da DIFC na economia de Dubai e dos Emirados. "Entretanto, a DIFC não é apenas um marco na economia de Dubai e dos Emirados, mas também opera como polo para atração de investimento e apoio ao crescimento das economias de toda a região”, disse.
Já para o economista e chefe do departamento de Relações Internacionais da DIFC, Nasser Saidi, "o ano de 2010, após a grande recessão de 2009, foi um ano de melhor desempenho global e também regional, o que foi refletido no desempenho da subeconomia do DIFC. Devido ao maior número de empresas, principalmente dos mercados emergentes, que alcançaram 45% de nossos associados em 2010, não é surpresa o PIB do DIFC ter alcançado US$ 2,92 bilhões em 2010".
Por setor, o relatório demonstra que atividades financeiras responderam por 72% do PIB do DIFC, enquanto negócios representaram 26,5%. O 1,5% restante representa istração pública. A participação por setor foi similar em 2009.
Em 2010, 11.331 pessoas trabalharam em tempo integral nas empresas sediadas no DIFC. Deste total, 65,5% (7.427) eram homens. A força de trabalho é bastante internacional e tem alto nível de estudos, 86% com diplomas universitários e pós-graduação. A porcentagem de nativos dos Emirados trabalhando na DIFC foi de apenas 2,2%.
Em maio deste ano, segundo matéria publicada pela ANBA, Al Awar e Marwan Ahmad Lufti, vice CEO e diretor de Desenvolvimento de Negócios da Autoridade do Centro Financeiro Internacional de Dubai (DIFCA), o órgão regulador do centro financeiro, estiveram no Brasil. Eles participaram de encontros com 15 companhias nacionais para discutir a possibilidade de elas se estabelecerem dentro do DIFC.
*Tradução de Mark Ament