Abu Dhabi – A Emirates Steel, siderúrgica estatal de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, aumentou sua produção em 17,5% no ano ado em relação a 2009. As vendas cresceram 120% na mesma comparação.
De acordo com dados divulgados esta semana pela companhia, a produção de vergalhões cresceu 7,5% e a de aço laminado 64,5%. Houve aumento também na fabricação de lingotes de aço e na produção de ferro via redução direta.
A fundição da Emirates Steel entrou em operação em março de 2009. "Tivemos um aumento significativo em nosso volume de produção e vendas, se levarmos em conta os desafios enfrentados pelo mercado local e regional", afirmou Gregor Munstermann, diretor executivo da empresa. "O setor de construção civil é o principal consumidor de nossos vergalhões e laminados", acrescentou.
O diretor afirmou que a meta da companhia é tornar-se "uma das líderes na indústria siderúrgica da região". Para tanto, segundo ele, a Emirates Steel está trabalhando para eliminar gargalos de produção. "Assim como a maioria das siderúrgicas, precisamos operar com capacidade quase total para obter uma margem de lucro aceitável", disse Munstermann.
A companhia vende cerca de 80% de seus produtos acabados no mercado local. O restante é exportado para Jordânia, Arábia Saudita, Kuwait, Omã, Paquistão, Índia, China e Extremo Oriente.
Para Mubarak Al Khaili, vice-presidente de Estratégia Comercial da Emirates Steel, os projetos de construção serão o principal motor do crescimento da indústria siderúrgica do GCC (Conselho de Cooperação do Golfo) em 2011 e 2012. Outros setores importantes para a siderurgia serão os de petróleo e gás, petroquímico e de infraestrutura. O bloco é formado por Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã.
"O setor de construção do GCC está recuperando sua estabilidade aos poucos", afirmou Khaili. "Já há sinais de recuperação em 2011, e acreditamos que os projetos de infraestrutura deverão acelerar a recuperação da região nos próximos dois anos", acrescentou. O governo do Catar, por exemplo, deverá investir mais de US$ 50 bilhões para realizar a Copa do Mundo de 2022.
Habitação e outras necessidades geradas pelo crescimento da população nos países do GCC, que deverá chegar a 125 milhões até 2050, vão também impulsionar a demanda por produtos siderúrgicos. Além disso, o petróleo em alta vai continuar a fomentar os investimentos em áreas relacionadas a essa indústria, como a petroquímica.
O vice-presidente de Vendas da Emirates Steel, Venkat A.N., destacou que a companhia aumentou sua fatia de mercado para mais de 50% em 2010. As vendas no mercado interno cresceram 54% no mesmo período.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum